POEMA DO ACASO

Poema ao acaso

Um comentário:

  1. Tudo que faço ou medito
    Fernando Pessoa

    Tudo que faço ou medito
    Fica sempre na metade.
    Querendo, quero o infinito.
    Fazendo, nada é verdade.

    Que nojo de mim me fica
    Ao olhar para o que faço!
    Minha alma é lúcida e rica,
    E eu sou um mar de sargaço –

    Um mar onde bóiam lentos
    Fragmentos de um mar de além...
    Vontades ou pensamentos?
    Não o sei e sei-o bem.

    ResponderExcluir